Esses produtos cartográficos são parte de um esforço coletivo do Laboratório de Biogeografia e Geografia da Saúde (BioGeoS) da UNESP de Presidente Prudente no enfrentamento do novo coronavírus. Para isso, o software utilizado para a elaboração dos produtos é o ArcMap 10.3 e os dados de COVID-19 foram extraídos da plataforma Brasil.IO e as demais bases do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Esses dois mapas apresentam o Estado de São Paulo, onde as figuras geométricas proporcionais variam em cor para casos confirmados e óbitos. Para ambos os mapas foi acrescido os eixos rodoviários, por onde o novo coronavírus espalhou-se. Também para os dois mapas, foi selecionado três recortes temporais (até 04 de abril; de 05 de abril até 03 de junho; de 04 de junho até 23 de julho). Esses recortes temporais demarcam o avanço ao longo do tempo, mas principalmente o papel que as rodovias exerceram para a disseminação da doença.
No mapa 01 (casos confirmados) observamos que para a primeira data (até 04 de abril), a região que permanecia em maior estado de alerta com as infecções era a Região Metropolitana de São Paulo. No segundo recorte temporal (de 05 de abril até 03 de junho), a chamada difusão hierárquica já havia se estabelecido, ou seja, os casos passaram da região metropolitana para os grandes centros do interior paulista. Porém, ainda não havia grande quantidade de casos no interior paulista em comparação com a região metropolitana. No último recorte temporal (de 04 de junho até 23 de julho) 637 munícipios já estavam com ao menos um registro de caso de COVID-19. Trata-se da fase denominada de difusão comunitária, na qual o vírus difunde-se para além dos grandes centros e está em constante dispersão para todos os municípios do estado de São Paulo. Nessa fase, também observamos grande quantidade de casos confirmados tanto na região metropolitana, quanto nos grandes centros do interior paulista, somando 451.915 casos confirmados.
No mapa 02 (óbitos) foi utilizado o mesmo recorte e a mesma análise pode ser feita no que tange à difusão do vírus pelo interior paulista. Aqui cabe ressaltar que o uso de tons de cinza, com o fundo preto, foi escolhido para demonstrar e trazer a sensação de luto que todos nós estamos sentindo perante tantos óbitos pela doença. Para o mapa 01, a escolha de tons vermelhos para os recortes temporais conota a sensação de alarme, atenção, conforme crescem os casos confirmados com o tempo, aumenta-se a sensação de alerta que devemos ter, para nos cuidarmos e mantermo-nos em segurança.
Para acessar os mapas clique: Casos Confirmados da COVID-19 no Estado de São Paulo; Óbitos da COVID-19 no Estado de São Paulo